Evitrinne Amor à Saúde: Fazer as pazes com as emoções negativas

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Fazer as pazes com as emoções negativas

Muitas vezes sofremos e nem sabemos porquê. Simplesmente, a dado momento, algo despertou-nos esse sentimento.

É importante questionar e relacionar esses sentimentos para desvendar realmente a sua causa, que nem sempre corresponde ao presente. Normalmente sentimo-nos assim porque simplesmente algo tocou-nos num ponto que ficou por resolver. Tocou-nos no corpo de dor.

Se não resolvermos os conflitos que passam por nós ao longo da nossa vida, e tentarmos passar por cima sem os questionar, sem descortinar os nossos sentimentos em relação a esses conflitos, eles podem ressurgir-nos mais tarde em problemas ou questões idênticas. Ou simplesmente vamos evitando tocar em assuntos semelhantes. Não resolvê-los é revivê-los constantemente, é viver no passado, é impedir-nos de viver o presente e construirmos um futuro promissor.

É importante dedicarmos tempo a estas questões a que se designa de crescimento pessoal. O auto-conhecimento permite-nos ter uma vida mais tranquila, descobrirmos o nosso verdadeiro potencial enquanto seres humanos. O auto-conhecimento é uma lufada de ar fresco nas nossas vidas, é permitir-nos reconstruir. É permitir-nos sermos seres criadores. É permitir-nos ter uma vida plena.

Como é que podemos estar em paz com as nossas próprias emoções?
Primeiro temos de focar a nossa mente no que é o poder que podemos retirar do nosso próprio sofrimento. Em vez de o evitarmos ou de o enterrarmos algures num canto recôndito da nossa mente, devemos fazer dele o objecto da nossa meditação, sem contudo nos determos sobre os eventos que causaram esse mesmo sofrimento nem sem revermos frame a frame o filme da nossa vida.
E porque é que é desnecessário neste momento remoermos nas causas distantes do nosso sofrimento?
O Buda ofereceu a seguinte imagem. Irá um homem que foi atingido por uma seta no peito perguntar a si próprio: “De que madeira é feita esta seta? De que aves vêm estas penas? Quem foi o artesão que fez as setas? Seria um bom homem?” Certamente não o faria. A sua primeira preocupação seria retirar a seta do seu peito…
Quando uma emoção dolorosa nos atinge, a coisa mais urgente que temos a fazer é olhá-la de frente e identificar os pensamentos que a despertaram e que a estão a alimentar. Depois ao fixarmos a nossa atenção sobre a própria emoção, podemos dissolvê-la gradualmente como acontece à neve matinal sobre a luz do Sol… Adicionalmente, quando a força da emoção negativa tiver sido sabotada, as causas que a despertaram parecer-nos-ão menos assustadoras e teremos ganho para nós próprios a possibilidade de nos libertarmos de um círculo vicioso de pensamentos negativos…

Sem comentários:

Enviar um comentário